Todas as pessoas deviam ter uma casa na montanha no rio ou no mar....

Todas as pessoas deviam ter uma casa na montanha no rio ou no mar.
A nível de desabafo já tinha o texto escrito e bastou-me atender uma chamada para perder o conteúdo todo baaaaa😫 sabem faço isto no telemóvel tenho um bocado de aversão a computadores🤒
Lógico será dizer que não vou escrever como estava nem exatamente nem tão pouco mais ou menos mas vá a ideia está cá é só desenrolar o fio.
Lembro-me em pequena ver a Heidi e o Marco na sua casinha de madeira nas suas cambalhotas pelas colinas cobertas de relva, as suas risadas e autêntica felicidade. Tal como o miúdo do Missisipi o Tom e o outro amiguinho que não sei o nome já vão uma porrada de anos. Axo que isto dava depois de almoço no hora escolha se estiver errada passem à frente.
Axo que todos deviamos ter assim uma casinha fora da habitual do dia-a-dia.
A energia é outra e contamina o nosso estado de espírito significativamente. 
A primeira é feita de rotinas, obrigações, responsabilidades e pouco de lazer.
Fica-se por um pouco à noite e os fins-de-semana.
Parece que somos robôs e até nos sentimos num colete de forças um balão não de ar quente que voa, mas de ar expirado que não passa do chão. 
Ficamos mais apertadinhos e diminuidos nas nossas capacidades. 
O nosso espírito não se liberta para mais nada que o habitual não dá asos há imaginação. 
Ainda ontem ao fazer uma caminhada até ao paredão sentei-me numa pedra de cimento com o meu pai onde ele dizia:
Aqui anda-se de qualquer maneira é uma liberdade 😊
E observando-o só noto que anda de croques  com o fato de treino de todos os dias com a barba intercalada de feita e isso o faz sentir-se tão livre, é por essa razão que quer vir tantas vezes.
Ser um desconhecido onde não tem que dar os bons dias nem mostrar-se sempre impecável. 
Na casa fora da casa, somos como mendigos da vida.
As conversas são alegres os canais de televisão são pimbas as refeições são banquetes do que faz mal e a cama não se restringe à noite.
Deixamos plo caminho as contas pra pagar, a horta pra regar e os animais para alimentar. 
Aqui vivesse o ócio o dolce fare niente.
Fazemos uma pausa da vida.
A vida requer pausas e 8 dias de praia no Verão mais parece uma obrigação. 
Estas pausas da vida dão liberdade ao espírito para ser mais para se esticar a novas formas de vida alcançar. 
Só com estas pausas conseguimos redirecciona as nossas vidas e transformá-las.
O espírito não trabalha sobre pressão nem frustração muito menos com falta de tempo. Ele funciona com desprendimento, alegria e gozo.
É nestes pequenos balões de oxigénio que vamos buscar forças para o dia-a-dia para as responsabilidades e obrigações. 
Eu adoro a casa de praia 
Aqui ando como mendiga sou uma como as outras não tenho nada nem porra nenhuma. 
Posso estar aqui a escrever como ir molhar os pés ao mar ou andar pla areia a perder de vista.
Posso descer o elevador e ter o pão à porta.
Como ter amigos que não me conhecem só me sentem.
Percebo cada pessoa que tem o seu refúgio 
Seja na casa que herdou no campo no apartamento junto ao mar ou na serra perto das geadas.
É uma liberdade dentro da suposta liberdade.
Só somos realmente seres livres quando não temos condicionamentos externos o facto é que os temos sempre.
Mas aqui esquecemo-nos deles por um período de tempo e somos só pessoas a viver como pessoas. 
Obrigada aos meus pais que me proporcionam este oxigénio. 
Talvez nunca tivesse pensado em vos escrever talvez a vergonha e o medo do julgamento fossem naiores.
Mas o facto de conhecer várias vivências dá-me a liberdade de entender que cada um faz a vida como pode ou sabe ou se atreve.
E eu gosto muito de ser atrevida 
Mecher a panela e pôr os legumes todos num reboliço. 
Assim se faz boa comida
Assim se fazem as boas pessoas

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